MEIO-ROBÔ: Cem eletrodos o conectavam ao computador, à internet e aos nervos de sua mulher |
Em 1998, o inglês Kevin Warwick se tornou um robô. O cientista implantou um chip no braço para controlar mecanismos em seu laboratório. Assim: com o aparato instalado debaixo da pele, conseguia, por exemplo, abrir portas apenas ao se aproximar. "Virei um controle remoto ambulante", diz.
O pesquisador está convencido de que o próximo passo da evolução humana serão os ciborgues. "Em menos de 30 anos, qualquer um poderá ter uma parte robótica." Imagine um mundo em que será possível guardar arquivos no próprio cérebro? Ou conversar sem abrir a boca, usando apenas a mente? E se conectar à internet utilizando um dedo como pen drive ou dirigir um carro sem se mexer? Chip a chip, Kevin vem construindo essa realidade.
Hoje, aos 55 anos, o professor de cibernética da Universidade de Reading, na Inglaterra, pretende provar que o corpo humano pode tudo. "Por que devemos nos limitar aos cinco sentidos? Por que não tentar a comunicação pelo pensamento? Por que não sermos super-homens?"
Por enquanto, o cientista precisa contentar-se em ser apenas... humano. Mas não por muito tempo. Warwick está em contagem regressiva. Antes de seu 60º aniversário, ele pretende criar um cérebro biológico para computadores e prepara uma técnica para o momento crucial de sua carreira: instalar um chip no próprio crânio. O implante o tornará um novo tipo de ser: parte humano, parte máquina. De seu laboratório, o apaixonado por ficção científica que decidiu vivê-la no dia a dia falou a Galileu sobre homens, robôs e os novos limites do corpo.
Quando eu poderei me tornar um ciborgue?, "Talvez em 15 anos você já tenha um implante para ganhar um sentido extra e, em 20 ou 25 anos, poderá comprar um chip para se comunicar pelos pensamentos. Mas, por enquanto, você, infelizmente, precisa se contentar em ser humano
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